O meu nome é Gonçalo Amaral. Fui coordenador de Investigação Criminal e sou o autor do livro “Maddie, A Verdade da Mentira”, escrito com o intuito de contribuir para a descoberta da verdade material e a realização da justiça, e na perspectiva de repor o meu bom nome aviltado na praça pública.
Este livro foi escrito no uso da plenitude dos meus direitos, tratando-se de uma opinião técnica e fundamentada em factos, indícios e acontecimentos constantes no processo de suporte à investigação do misterioso desaparecimento de Madeleine McCann.
Em Setembro do corrente ano foi interposta uma providência cautelar, sem audiência prévia do interessado, fundamentada em mentiras e interpretações abusivas das intenções que estiveram por detrás da criação daquela obra.
De forma a dificultar a defesa dos meus direitos foi igualmente interposto um pedido de indemnização no valor de 1.200.000 Euros, seguido do arresto de direitos e bens.
A estratégia daqueles que nos continuam a enxovalhar foi simples: cala-se o homem e fica o caminho aberto para influenciar atitudes e comportamentos, através da manipulação da opinião pública, a seu belo prazer. Está em curso uma campanha de descredibilização e de desinformação, ao mesmo tempo que nos tentam asfixiar financeiramente, de forma a ganharem na secretaria.
Não nos conformamos com a limitação dos nossos direitos fundamentais por decisões judiciais inconstitucionais que põem em causa o exercício da liberdade de expressão responsável.
Agradeço a todos aqueles que ao longo dos últimos anos me têm apoiado e que nos últimos dias assinaram as petições públicas, bem como aos que através de um esforço financeiro para o fundo de apoio recém criado e através de uma demonstração de solidariedade reforçaram a minha crença na defesa de valores que devem enformar as sociedades modernas e democráticas, a liberdade de expressão, a descoberta da verdade e a realização da justiça.
Da minha parte comprometo-me a dar corpo aos anseios de todos vós e a não desistir, apesar de estar em causa a sobrevivência da minha própria família; mas a defesa daqueles valores e princípios é essencial.
A todos, um sentido obrigado.
Portimão, 2009-12-03
Gonçalo Amaral