por Aníbal Ferreira
Imagine você que era polícia há 30 anos e que investigava o desaparecimento de uma menina inglesa de nome Maddie McCann.
Imagine que todos os polícias, incluindo você, concluíam que a menina morrera e que os pais eram suspeitos de envolvimento na ocultação do cadáver.
Imagine que os pais da menina eram oficialmente declarados suspeitos e que a imprensa inglesa começava a chamar-lhe “bófia cretino”, “amador”, “corrupto”, “incapaz”, “incompetente” e “falhado”.
Imagine que a imprensa inglesa começava a propalar diariamente que você “montou o caso”, “inventou cenas”, “ignorou documentos cruciais”, “dificultou a investigação”, foi “tendencioso”, “cruel” e “mentiroso”.
Imagine que durante meses a fio a imprensa inglesa lhe chamava “saco de batatas”, “bêbado”, “torturador”, “estúpido”, “imbecil” e “infame”, repetindo 418 vezes que você era um “homem vergonhoso” e que a mãe dos seus filhos era uma “prostituta”.
Imagine que a direcção política da polícia não o defendia e que, pelo contrário, lhe retirava a investigação do caso, permitindo que a imprensa inglesa titulasse “Despedido!” e renovasse, com mais violência ainda, todos os ataques já desferidos.
Imagine que o Ministério Público declarava que o processo ficaria a aguardar a produção de melhor prova e que essa declaração era entendida em Inglaterra como uma “absolvição” dos pais da menina, dando origem a mais ataques da imprensa ao “bófia cretino”, “amador” e “corrupto” que “montou o caso”, “inventou cenas” e “ignorou documentos cruciais”.
Imaginou tudo isto? Pois bem, então responda: SE PUDESSE ESCREVER UM LIVRO EM DEFESA DO SEU BOM NOME, ESCREVIA-O?
Agora imagine que o livro era retirado do mercado por atentar contra o bom nome dos pais da menina...
De cortar a respiração! Fabuloso!
ReplyDeleteSempre acreditei em si sr Gonçalo Amaral e algo me diz que está certo!
ReplyDeleteforça doutor goncalo que foste destruido pela imprenssa de inglaterra.
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