1 Jun 2014
Julgamento: Decisão da Juíza sobre 'Ward of the Court'
Juíza considera que Kate e Gerry McCann não detinham autorização para intentar acção contra Gonçalo Amaral em nome da filha.
A juíza do Tribunal Cível de Lisboa que julga a acção que os McCann intentaram contra Gonçalo Amaral e 3 outras partes emitiu uma decisão sobre o estatuto de Madeleine como ‘Ward of Court’.
A 3 de Janeiro de 2014, Gonçalo Amaral havia argumentado perante o tribunal que os pais de Madeleine não possuíam a autoridade necessária para representar a sua filha nesta acção, pelo facto de a criança ter sido colocada sob a tutela de um tribunal britânico, ou seja, uma ´Ward of Court’.
A juíza decidiu que Gonçalo Amaral deveria apresentar a documentação relevante sobre a decisão judicial britânica. Esse certificado foi apresentado ao tribunal no passado dia 2 de Maio, após um processo moroso e dispendioso.
Cabia então à juíza decidir se os pais de Madeleine tinham ou não o direito de representar a sua filha nesta acção cível.
A decisão recentemente produzida pela juíza menciona que “no âmbito da "Wardship" o Tribunal toma sobre si a responsabilidade máxima pela criança, mas não suprime ou anula o exercício das responsabilidades parentais”. O High Court britânico assume o controlo sobre “as decisões mais importantes para a vida do tutelado”.
A juíza considera ainda que “a decisão de instaurar uma acção judicial em nome do menor, como é a presente, deve considerar-se, salvo melhor juízo, uma decisão da magnitude exigida para o acordo ou consentimento do tribunal”.
Esta decisão nota ainda que os assuntos que foram trazidos perante o High Court que detém a custódia têm sido assuntos “do foro eminentemente judiciário, como foi a revelação de informações e de documentos confidenciais, relativos ao desaparecimento da criança e que se encontravam na posse da polícia local”.
O texto prossegue com a consideração que pelo facto de Madeleine ter sido constituída como ‘Ward of the Court’ no dia 2 de Abril de 2008, os seus pais não possuíam, em 2009, a “necessária capacidade de representação da sua filha para, sem a autorização do Tribunal britânico, intentar a presente acção”.
No entanto, a juíza decide que a audiência final, que irá incluir um depoimento de Gerald McCann e a apresentação das alegações finais de todas as partes deverá ter lugar independentemente do assunto da tutela de Madeleine.
Após a conclusão dessa audiência, a instância será suspensa por 30 dias. Durante esse período, os pais de Madeleine “deverão providenciar pela obtenção e documentação nos autos da autorização do Tribunal britânico para a propositura da presente acção em nome da menor Madeleine Maccann, sob pena de não o fazendo, os réus serem absolvidos da instância quanto aos pedidos formulados em nome desta última”.
A juíza marca a audiência final para o dia 16 de Junho, mas os representantes legais das partes podem sugerir datas alternativas, caso se encontrem impedidos de comparecer.
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Se bem me lembro, a acção judicial que o casal McCann move contra Gonçalo Amaral é porque este os teria "difamado" e intoxicado a opinião pública e o processo de inquérito em Portugal (enquanto não foi afastado dele pelos superiores)... defendendo num livro a tese "absurda" de que Maddie saiu morta do apartamento antes do alarme público dos pais à Polícia. O facto das Polícias Inglesa e Portuguesa procurarem AGORA o cadáver de Maddie significa que ambas as direcções policiais enlouqueceram, ou que Gonçalo Amaral (e 2 ou 3 colegas) eram os únicos que viram bem o "filme" desde o princípio?
ReplyDeleteexactamente o que eu penso....
ReplyDeleteConcordo. Se ele tivesse continuado com as investigações este filme já teria tido um fim...
ReplyDeleteApresentar provas convincentes contra uma eventual mentira é difamar? Ou é lutar pela verdade? Uma vitória inglesa neste processo servirá apenas para reavivar uma dor que nenhum pai ou mãe querer reavivar, nunca....e para aumentar drasticamente a popularidade do Sr. Inspetor
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