19 Feb 2010

Fnac Chiado: A Mordaça Inglesa - A História de um Livro Proibido

Hoje, às 18:30, apresentação do novo livro de Gonçalo Amaral, "A Mordaça Inglesa - A História de um Livro Proibido", na Fnac Chiado. Com a presença do autor, apresentação por Dr. Paulo Sargento.

Este livro surge da indignação do autor perante aquilo que considera ser "o peso da censura a estilhaçar os direitos fundamentais do ser humano."  Não querendo ser silenciado, nem deixar cair em esquecimento Gonçalo Amaral considera que a sua indignação não deve ser solitária, e por isso faz chegar até nós A Mordaça Inglesa, dando conta de tudo o que envolveu a publicação do livro polémico A verdade da mentira relativamente ao caso Maddie. Mais do que um protesto de um homem amordaçado, este livro pretende, de acordo com o autor, defender a liberdade de expressão como o direito de formular livre e responsavelmente pareceres, conceitos e convicções.

«Gonçalo Amaral não é um personagem. É o atrevimento da verdade. É o desafio da verdade. Mesmo que não a conheça totalmente. Ele sabe aquilo que mais ninguém sabe sobre os destinos ocultos de Maddie. E nem vale a pena tapar o sol com a peneira, pelos vistos a única obsessão dos pais da criança, pois como replicava invariavelmente Sherlock Holmes ao seu incontornável amigo Dr. Watson, o método dedutivo aplicado aos factos, desde que se entendam em conexão, torna-se elementar, mesmo para o mais estúpido dos seres vivos, que se a acção A produziu o resultado B, se o resultado B é coerente com a consequência C, logo A está relacionado com C. É elementar! Aristóteles formulou este raciocínio sob a forma de silogismos, Edmond Locard, pai da investigação criminal moderna, recuperou-o para se tornar instrumento de todas as polícias de investigação do mundo inteiro e os resultados estão aí. Até o CSI, escrito sob a forma de ficção do futuro, evoca Locard. É o verdadeiro Deus da investigação criminal. Sem excepções. Seja para a PJ portuguesa, seja para o FBI, seja para a Scotland Yard. Apenas existe uma excepção. Aplica-se a todos os casos criminais menos ao desaparecimento de Maddie. A excepção. A divina excepção que protege os pais para continuarem a farsa. Desde o início das investigações. Nada do que foi explicado pelos «detectives» avençados, nada do que tem a ver com a reconstituição de factos, mais ou menos provados, nada do que é avançado pelos «spin’s», jornalistas avençados, cadeias políticas de protecção, consegue resistir à implacável lógica probatória de Edmond Locard. O instrumento que Gonçalo Amaral utilizou. Nada lhe escapa. Nem a indignação «moral», nem a piedade pateta, nem a fé, nem a propaganda, nem qualquer providência cautelar, consegue espezinhar aquilo que a vida produz, enquanto vida, e Locard nunca deixou de ter razão. Assim como Gonçalo Amaral. Assim como todos os profissionais de polícia que sabem, que são competentes, que dominam as técnicas da investigação criminal.» Dr. Francisco Moita Flores in Prefácio (extracto)


quando: hoje, às 18:30
local: FNAC CHIADO, Armazéns do Chiado. Rua do Carmo, nº 2. 1200-094 Lisboa 

detalhes do livro: 
A Mordaça Inglesa
A história de um livro proibido
de Gonçalo Amaral
Edição/reimpressão: 2009
Editor: Editora Planeta
ISBN: 9789896570507


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