24 Feb 2010

A Não Decisão


Mantém-se a Providência Cautelar

A decisão não nos surpreendeu, dado que a Justiça deixou de ser o que era e passou a ser um jogo de conveniências e compadrios, moldada para servir os interesses dos mais poderosos.

Respeitamos a decisão da jovem Juíza, porém, não concordamos com ela, manifestando veementemente a nossa discordância e referindo que não será por se perder esta batalha que se não irá ganhar a guerra.

O Dr. Gonçalo Amaral irá recorrer da decisão comunicada na manhã do passado dia 18 de Fevereiro de 2010, mantendo injusta Providência Cautelar.

Aliás, a decisão foi a de manter tudo, raciocínio e argumentos já antes expostos. Ingenuidade? Dir-se-ia que foi uma decisão de não decisão. Esta é a nossa legítima opinião e temos direito a ela. Não temos de concordar com o decidido, já que os Juízes, à semelhança de toda a gente, também erram, também se enganam e também se expõem às pressões dos mais poderosos.

Nada escrevemos até que a decisão fosse tornada pública para não sermos acusados de pretender influenciar por nenhuma via, fosse quem fosse.

Porém, a partir de agora sentimos a conveniência de alterar a postura face às calúnias de que o Dr. Gonçalo Amaral foi alvo, mesmo em Tribunal. Ele, as suas testemunhas e até algumas das pessoas que serena e educadamente assistiram às sessões do referido julgamento. Calúnias que passaram em claro, sem que tivesse surgido um imediato reparo à teatral, arrogante e ignóbil compostura da advogada do casal inglês, aquando por exemplo, das alegações finais. Também, em boa verdade, não foi só o Dr. Gonçalo Amaral que foi atingido por tal decisão judicial. Foi todo um povo, desrespeitado na sua dignidade, e que vê posta em causa a sua Liberdade de Expressão.

Temos brio, orgulho, estima e amor próprio. E temos memória e temos coragem e sobretudo temos tempo...

Na altura adequada saberemos apontar o dedo indicador. Lá nos encontraremos todos na esquina do tempo e mesmo que todo o percurso nos custe muito esforço, muitos sacrifícios, riscos e provocações, saberemos lutar e estamos certos de que no final a vitória nos sorrirá ainda mais saborosa.

Contudo, a todos quantos confiaram na capacidade de desmontar uma cabala, de desmascarar uma hedionda mentira, de arrancar as mordaças com que nos querem calar, a todos quantos confiaram no que se escreveu no livro “Maddie – A Verdade da Mentira”, a todos quantos demonstraram inequivocamente apoio ao Dr. Gonçalo Amaral, o nosso MUITO OBRIGADO e a promessa sagrada de que continuaremos com renovado vigor a pugnar pela nossa posição até que se faça justiça e a verdade venha a ser conhecida por todos e punidos aqueles que já foram arguidos, que serão sempre suspeitos de ocultação de cadáver e que há muito deixaram – eles sim – de procurar a quem sabem, em sua perfeita consciência, que já não é encontrável, simplesmente porque já não está neste mundo! A nós, legitimamente parece-nos que tais 'senhores' estão mesmo muito mais interessados em lucrar com a desgraça da filha e encher o pecúlio com os chorudos donativos de meia dúzia de apaniguados.

A nossa luta vai continuar, e não calaremos a verdade que continuaremos a perseguir, porque só assim faz sentido tudo por quanto nos temos batido com a verticalidade a que a nossa coluna vertebral obriga.

Em breve daremos notícias.

Luís Arriaga
23 de Fevereiro de 2010




22 Feb 2010

"A Mordaça Inglesa": Sessões de apresentação da obra



Calendário de eventos para esta semana, com a presença de Gonçalo Amaral:

23.02.2010, terça-feira – Faro
Local: Biblioteca Municipal de Faro, pelas 18h00

24.02.2010, quarta-feira – Fafe
Local: Biblioteca Municipal de Fafe, pelas 21h00

25.02.2010, quinta-feira – Guarda
Local: Auditório da Guarda, pelas 21h00

26.02.2010, sexta-feira – Coimbra
Local: Clube Parque de Campismo, pelas 20h00

27.02.2010, sábado – Viseu
Local: Palácio do Gelo, pelas 17h00




«Surge da minha indignação perante o peso da censura a estilhaçar os direitos fundamentais do ser humano. Não desejo o papel de vitima mas recuso-me a ser submisso. E não posso silenciar ou deixar cair no esquecimento valores universais que conferem ao Homem a sua verdadeira dimensão. E é por isso que a minha indignação não deve ser solitária. A luta contra a censura é urgente e nasce da vontade de todos.

Mais do que um protesto de um homem amordaçado, pretendo, sobretudo, defender a liberdade de expressão com o direito de formular livre e responsavelmente pareceres, conceitos e convicções. A história de um livro proibida precisa de ser contada. Em nome da liberdade e da responsabilidade.»

Gonçalo Amaral, in 'A Mordaça Inglesa'


19 Feb 2010

Information concerning the Defence Fund for Gonçalo Amaral

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We hope to have this situation resolved within the next few days.

In the meantime, you can donate by bank wire transfer, using the following bank details:

BPI – Banco Português de Investimento, Sete Rios branch, in Lisbon

IBAN: PT 50 0010 0000 438 0385 000 1 62
Swift: BB PI PT PL

If you need any additional information, please be so kind as to contact Project Justice Gonçalo Amaral per email.

We thank you for your continued support.

Fnac Chiado: A Mordaça Inglesa - A História de um Livro Proibido

Hoje, às 18:30, apresentação do novo livro de Gonçalo Amaral, "A Mordaça Inglesa - A História de um Livro Proibido", na Fnac Chiado. Com a presença do autor, apresentação por Dr. Paulo Sargento.

Este livro surge da indignação do autor perante aquilo que considera ser "o peso da censura a estilhaçar os direitos fundamentais do ser humano."  Não querendo ser silenciado, nem deixar cair em esquecimento Gonçalo Amaral considera que a sua indignação não deve ser solitária, e por isso faz chegar até nós A Mordaça Inglesa, dando conta de tudo o que envolveu a publicação do livro polémico A verdade da mentira relativamente ao caso Maddie. Mais do que um protesto de um homem amordaçado, este livro pretende, de acordo com o autor, defender a liberdade de expressão como o direito de formular livre e responsavelmente pareceres, conceitos e convicções.

«Gonçalo Amaral não é um personagem. É o atrevimento da verdade. É o desafio da verdade. Mesmo que não a conheça totalmente. Ele sabe aquilo que mais ninguém sabe sobre os destinos ocultos de Maddie. E nem vale a pena tapar o sol com a peneira, pelos vistos a única obsessão dos pais da criança, pois como replicava invariavelmente Sherlock Holmes ao seu incontornável amigo Dr. Watson, o método dedutivo aplicado aos factos, desde que se entendam em conexão, torna-se elementar, mesmo para o mais estúpido dos seres vivos, que se a acção A produziu o resultado B, se o resultado B é coerente com a consequência C, logo A está relacionado com C. É elementar! Aristóteles formulou este raciocínio sob a forma de silogismos, Edmond Locard, pai da investigação criminal moderna, recuperou-o para se tornar instrumento de todas as polícias de investigação do mundo inteiro e os resultados estão aí. Até o CSI, escrito sob a forma de ficção do futuro, evoca Locard. É o verdadeiro Deus da investigação criminal. Sem excepções. Seja para a PJ portuguesa, seja para o FBI, seja para a Scotland Yard. Apenas existe uma excepção. Aplica-se a todos os casos criminais menos ao desaparecimento de Maddie. A excepção. A divina excepção que protege os pais para continuarem a farsa. Desde o início das investigações. Nada do que foi explicado pelos «detectives» avençados, nada do que tem a ver com a reconstituição de factos, mais ou menos provados, nada do que é avançado pelos «spin’s», jornalistas avençados, cadeias políticas de protecção, consegue resistir à implacável lógica probatória de Edmond Locard. O instrumento que Gonçalo Amaral utilizou. Nada lhe escapa. Nem a indignação «moral», nem a piedade pateta, nem a fé, nem a propaganda, nem qualquer providência cautelar, consegue espezinhar aquilo que a vida produz, enquanto vida, e Locard nunca deixou de ter razão. Assim como Gonçalo Amaral. Assim como todos os profissionais de polícia que sabem, que são competentes, que dominam as técnicas da investigação criminal.» Dr. Francisco Moita Flores in Prefácio (extracto)


quando: hoje, às 18:30
local: FNAC CHIADO, Armazéns do Chiado. Rua do Carmo, nº 2. 1200-094 Lisboa 

detalhes do livro: 
A Mordaça Inglesa
A história de um livro proibido
de Gonçalo Amaral
Edição/reimpressão: 2009
Editor: Editora Planeta
ISBN: 9789896570507


9 Feb 2010

Mar Largo

 Casal McCann, Igreja da Luz, Algarve - dia 12 de Maio 2007, 
9 dias depois do desaparecimento da filha Madeleine

Um dia, este processo que afecta Gonçalo Amaral e estranhamente o levou à barra dos Tribunais, mas que a todos atinge, será matéria de estudo nas Faculdades de Direito.

Com efeito, este caso será analisado como exemplo de como a verdade pode ser distorcida e de como é possível executar tantas diligências processuais que meramente dão vida a uma mentira insustentável, ampliando prazos e tentando afastar os investigadores, manobrando, manipulando e dando até a entender que o poder judicial perdeu a independência e se subjugou às conveniências de um casal com ligações à política.

Um dia, será impossível continuar a sustentar a mentira elaborada com a perfídia de quem é perverso, frio, calculista e manipulador. Um dia saber-se-á que houve ocultação de muitos factos importantes, que existiu conluio e quais os contornos de um crime hediondo.

Um dia, conhecer-se-ão todos os detalhes da ficção que tinha como objectivo principal, não o aparecimento do corpo da menina (esse, os responsáveis pelo seu desaparecimento sabiam bem que nunca o corpo apareceria, nem renascido das cinzas…), mas sim a eternização de um negócio baseado na falsidade de uma novela de mau íntimo e triste fim.

Um dia, os que cá estiverem, perguntar-se-ão como foi possível enganar tanta gente durante tanto tempo e extorquir fundos com a intenção malévola de calar a verdade.

Um dia, todos conhecerão a história completa, em vários actos, do desaparecimento de uma menina inglesa, em Maio de 2007, na Praia da Luz. Uma história triste e que se lamenta e que certamente causou dor em todos… até naqueles pais que negligenciaram nos necessários cuidados na guarda dos filhos.

Um dia, todos se questionarão sobre como foi possível que os Tribunais se ocupassem não dos criminosos responsáveis pela sua morte, mas sim do polícia que diligentemente investigou e se acercou competentemente da verdade incómoda para as conveniências de uma qualquer ambição desmedida, tortuosa e macabra.

Um dia, este rio que corre aos trambolhões, num leito acidentado e cheio de obstáculos ainda vai desaguar num delta de espantos e de consciências tranquilizadas.

Um dia, este rio vai dar a um mar largo – o oceano da verdade.

Luís Arriaga

Lá estaremos, como habitualmente, no Palácio da Justiça, para assistir às alegações finais, na próxima 4ª feira, dia 10 de Fevereiro, pelas 9h.